Hayato Sakamoto's Questionnaire

1. What town or city do you live in? Why do you live there instead of anywhere else? Describe your home.

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Baltimore... Não foi a cidade que escolhi — foi ela que me acolheu quando ninguém mais o faria.

Depois que deixei o Japão e o mundo que conhecia, precisava de um lugar longe, onde meu passado não tivesse nome. Baltimore tem esse tipo de sombra. É um lugar onde ninguém faz muitas perguntas, onde as ruas escondem mais segredos do que pessoas, e onde a linha entre o natural e o sobrenatural já foi cruzada tantas vezes que ninguém mais se importa. Aqui, entre os becos molhados de chuva e o ronco dos motores, encontrei espaço para recomeçar... ou pelo menos fingir que consegui.

Moro nos fundos de uma oficina de motos, em uma área esquecida da cidade. É um apartamento pequeno, teto baixo, tijolos à mostra. As paredes têm cheiro de graxa e ferrugem, e o barulho constante das ferramentas virou trilha sonora dos meus dias. O sofá é velho, a cama é dura, mas é mais do que mereço. O espelho do banheiro está rachado — não foi acidente.

Minhas coisas são poucas: algumas fotos antigas, uma katana embrulhada em pano grosso escondida no fundo do armário, e um pequeno altar para os espíritos, onde ainda rezo, às vezes, por almas que ninguém mais lembra. Não estou aqui pelo conforto. Estou aqui porque a cidade sangra — e onde há sangue, há dívida. E eu ainda tenho muitas para pagar.

Baltimore me lembra que há monstros demais à solta... e que alguns deles ainda usam gravata.

2. How do you get your money right now? What do you spend it on?

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Dinheiro? Ele ainda vem sujo, como antes — mas agora sujo de graxa, não de sangue.

Trabalho como mecânico na oficina do velho Curtis. Ele não pergunta de onde vim, e eu não pergunto por que ele anda mancando desde o verão passado. Conserto motos, às vezes carros, e quando sobra tempo, faço upgrades sob encomenda: turbinas ilegais, modificações elétricas, placas que ninguém rastreia. A clientela varia entre motoqueiros, entregadores noturnos e alguns rostos que não querem ser lembrados. É trabalho honesto o suficiente pra manter a cabeça baixa… e as portas abertas.

Mas isso é só metade da história.

Às vezes, alguém bate à porta nos fundos, com olhos baixos e promessas sussurradas. Gente que perdeu alguém, gente que a polícia não ajudou, ou que tem medo demais pra falar com a justiça. Quando aceito, não cobro dinheiro — cobro silêncio, nomes, e a verdade. E às vezes... a verdade me paga melhor do que qualquer salário.

Gasto o pouco que tenho no necessário: comida simples, peças de reposição, munição, e vodca barata pra esquecer quando não consigo dormir. Também mando uma parte todo mês pra um templo em Kyoto. É a única dívida que pago com gosto — mesmo que ninguém lá saiba de onde o dinheiro vem.

Não preciso de luxo. Preciso de propósito. E propósito, neste mundo, cobra caro.

3. Describe your Ambition. What are you striving for? How far would you go to achieve this? Would you kill for it? How close to death would you come for it?

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Quero justiça — da que a lei não entrega.
Minha ambição é simples: caçar os monstros que vivem entre nós, vestidos de terno, cobertos por sistema e corrupção.

Se a justiça exige sangue, que seja o deles, não de inocentes.

Sim, eu mataria por isso. Já matei.
E chegaria até o próprio inferno, se fosse o preço.
Já estive à beira da morte mais de uma vez… e voltaria lá sorrindo, se isso significasse cumprir meu pacto.